Como se tornar proprietário de pastas e arquivos no Windows Vista
por Marcos Elias
O pessoal reclamava que eu estava há um tempão sem dar dicas de Windows aqui, então lá vamos nós...
No Windows Vista virar proprietário de uma pasta ou arquivo é uma grande dor de cabeça, no mínimo uma tarefa tediosa e cansativa: você tem que passar por diversas telas de propriedades.
Isso é ruim quando você quer mexer nas pastas do sistema, por exemplo para trocar o uxtheme.dll e outros arquivos, ou fazer qualquer outra alteração em arquivos protegidos. Ou ainda, caso você tenha duas ou mais instalações de Windows na mesma máquina, e uma partição (ou HD) separada para dados. Às vezes entrando numa instância do Windows você não consegue alterar ou regravar arquivos criados na outra, por não possuir direitos de escrita no local onde ele está. Alterar as propriedades de escrita para todos ou para seu usuário (ou grupo) também seria uma saída, mas se você não for o proprietário do arquivo, muitas vezes não é possível concluir essa alteração.
A dica para se tornar proprietário dá várias voltas:
- Clique com botão direito no item desejado no Windows Explorer, vá em Propriedades, guia Segurança, lá embaixo tem um botão Avançadas, clique nele.
- Na aba Proprietário da tela "Configurações de segurança avançada para prop" (no meu Vista aqui tá cortado, parou em "prop" mesmo rsrs) clique no botão Editar. Confirme o UAC que deve aparecer.
- Na janela que se abre, clique em "Outros usuários ou grupos". Vai abrir uma janelinha "Selecione Usuário ou Grupo".
- Digite seu nome de usuário, um grupo (como Usuários ou Administradores) ou "Todos". Dê OK.
- Na outra tela selecione o usuário ou grupo que você acabou de adicionar e dê OK novamente.
- Depois OK e mais um Ok para fechar todas as telas.
Aí sim, tendo direito como proprietário, você pode alterar as configurações de permissões de escrita/leitura. Voltando na tela de propriedades, agora em vez de clicar no botão Avançadas, clique no Editar, mais acima, para marcar ou desmarcar o que cada grupo/usuário pode fazer. Quanta volta! Falta um chmod -r 777 no Windows.
Não coloquei screenshots pois seriam muitos, e a dica principal desse post é sobre um facilitador: um "script" para realizar essa tarefa. Achei na web em alguns sites internacionais, não tem créditos no arquivo, não sei quem o criou, por isso não vou referenciar ninguém. Basicamente adicionaremos uma entrada ao menu de contexto do Explorer (aquele que aparece ao clicar com o botão direito). Seria o item "Tornar-se proprietário", que ao ser clicado altera as propriedades do objeto via linha de comando. Num único clique (dois no máximo, por causa do UAC) você torna o usuário atual como proprietário do arquivo ou pasta selecionado previamente:
São algumas modificações no registro, vale a pena usar um arquivo .reg. Estou disponibilizando os arquivos para download, se eu copiar e colar aqui, haverão erros na representação pelas frescurinhas do Wordpress quanto alguns caracteres. Para ver o que o .reg faz antes de executá-lo, não deixe de olhar dentro do arquivo.
Tem um desinstalador também, que remove o item do menu. Para que possam ser adicionadas as chaves, rode o .reg como administrador.
AVISO: Evite usar isso para virar proprietário de pastas globais do sistema caso o sistema seja usado por outros usuários também. Normalmente como eles não terão que escrever nas pastas globais (apenas ler e/ou executar programas), não haverão maiores problemas, mas pode ser que algum programa ou ferramenta de configuração do Windows perca o acesso a algum item se você ajustar as permissões de forma incorreta. Em casos assim, faça o procedimento manual para edição de proprietário, e defina em último caso "Todos", para que todos (usuários, administradores e grupos internos do Windows) possam alterar.
Seria tão bom se o Windows 7 viesse com um chmod "portado", ahhh... Pra não falar do chown, né.
Receba atualizações extras de desenvolvedores no Chrome
por Marcos Elias
Essa semana o Google soltou uma versão do Chrome com mais correções internas, a 1.0.154.39, porém voltada apenas a curiosos e desenvolvedores.
Se você quer receber atualizações como essa, não liberadas ainda na versão oficial para o público final, precisa mudar para o "dev-channel", que pode ser feito rodando um programinha do Chromium:
http://dev.chromium.org/getting-involved/dev-channel
Basicamente execute-o e marque a opção "Dev" (poderá voltar ao beta/normal se quiser depois). A partir de então, na tela "Sobre" o Chrome passará a considerar avisos de atualizações restritas, ainda não públicas.
Use por sua conta e risco :)
Pelo que percebi, o problema do Hotmail continua, não tá legal ainda, ficando praticamente inutilizável (pelo menos aqui não dá pra responder as mensagens, e nessa 1.0.154.39 o Hotmail ficou pior ainda).
Quanto custa a liberdade de um blogueiro?
por Marcos Elias
Quanto custa a liberdade? A liberdade não tem preço. Como "blogueiro" há um bom tempo (não mais de 5 ou 4 anos, mas em internet há de se considerar um bom tempo), não há nada como a liberdade. Ter um blog só seu. Postar o que quiser, como quiser, calculando por você mesmo o que vai falar: você é seu chefe no que toca ao blog/site. Claro, sempre arcando com suas responsabilidades.
Para ter um blog "livre" alguns cuidados e escolhas são necessários. A maioria deles você pode aprender na prática: se errar, pode ter pequenas dores de cabeça, mas será possível voltar atrás. A coisa complica se tiver contratos assinados ou de valor legal com outras partes (não considere o clique num botão "Aceito" algo de valor legal, pois nenhuma das duas partes teriam como provar efetivamente o conteúdo do "contrato" na época em que foi aceito; seria sua palavra contra a da outra parte, por maior que seja a corporação).
Antes de tudo, evite serviços gratuitos. Mesmo em hospedagem paga, tenha backup e tal... e toda a coisa técnica (que não cabe falar aqui agora, seria muita repetição). Em outras palavras, tenha o seu blog "com você", aonde você for. Se precisar trocar de empresa por qualquer motivo, certifique-se de que não perderá posts, artigos, imagens, e possivelmente visitantes (incluindo ranking em mecanismos de busca e links em sites externos).
Parcerias com sites: pode ser bom ou não, depende do teor, do tamanho, do tipo de parceria, de vários fatores. Cada caso é um caso. Todavia, fique atento para não se queimar, ao mesmo tempo não force a barra. Geralmente blogueiros menores sofrem por não conseguir parceiros grandes, não insista nem faça SPAM. Em um outro texto comentei sobre um reconhecimento natural, que mais cedo ou mais tarde quem merece acaba conseguindo (a menos que existam várias teorias da conspiração contra).
Entre as parcerias, vale ficar atento às limitações. Alguns sites de médio e grande porte fazem parcerias com portais grandes (ou enooormes, como iG, Terra, UOL, Pop, etc). Essas parcerias são boas? Eu não acho. Geralmente o conteúdo editorial do site pode ficar "vetado", literalmente censurado. Por exemplo, tendo uma barra do UOL no topo do blog, dificilmente deixariam você comentar do preço de domínios no iG Empresas, como fiz neste texto sobre o aumento do dólar refletido nos preços das anuidades dos domínios .com.
Uma barra dessas tira a liberdade, e para muitos visitantes novos passa a idéia de que seu blog "é" do portal, ou que você é funcionário do mesmo. Esse tipo de parceria eu evitaria ao máximo, e se fosse fazer, deveria ter total liberdade editorial declarada, exatamente como antes da parceria, caso contrário... Fora!
Essas barras também podem trazer um outro inconveniente. Como há muitos sites de conteúdo parceiros de portais distintos, é natural que uma hora ou outra você veja algo e queira fazer referência no seu site, mas fique impedido. Por exemplo, supomos que eu tenha a barra do UOL. Com isso não posso linkar uma notícia, por mais útil que seja, no Terra, ou no Ig... Num caso extremo, não poderia linkar nem em um site que não seja do portal, mas num parceiro do portal que tenha a tal barra (ou banners) lá. Liberdade sempre! Essas parcerias com proteção de conteúdo, fidelidade, etc, são altamente prejudiciais para a liberdade de expressão, para o livre manifesto de idéias na rede.
Falando em termos financeiros, uma parceria desse tipo pode ser agradável a curto-médio prazo, mas a longo não acho não. Seu site pode crescer (assim como pode cair), e a parceria pode chegar num ponto que limita o crescimento, impedindo você de atingir algumas áreas. Nessas horas vem o contrato assinado: o que fazer? E se precisar cancelar? Leia bem antes de aceitar algo.
Quem tem parcerias do tipo pode estar até me criticando ao ler isso, dizendo que é bom, que ganha reconhecimento no portal, que atinge pessoas que nunca atingiriam, etc... Não deixa de ser verdade, tem seu lado bom. Em linhas gerais, acho que não compensa para o site, esta é uma visão um tanto quanto pessoal como prática, observando sites com essas parcerias que foram ou são prejudicados - mesmo que não falem nada em público sobre.
Outra coisa a evitar é parceria com empresas de hospedagem, onde fornecem os servidores em troca de publicidade. Em quase todas as parcerias do tipo, você não poderá citar ou linkar outros serviços concorrentes.
Um grande site de idéias fechadas que não pode citar concorrentes seria como a TV Globo: quase todo mundo vê (quando tem algo aproveitável ou mesmo que não seja, mas que faça a cabeça das pessoas), mas todo mundo odeia ou tem algo contra. Humoristas da Globo geralmente não podem ter liberdade de imitar um Sílvio Santos, um Ratinho ou um Sérgio Mallandro por exemplo. Isso não é vida. Antes de tudo, as pessoas foram feitas para viverem!
Pense bem antes de tomar atitudes que possam interferir na sua liberdade, na sua vida, no seu blog. Não se venda por um linkezinho num grande portal em troca da sua liberdade.
O que é um sitemap?
por Marcos Elias
"Que raios é esse "sitemap" que tem no menu?", um amigo me perguntou hoje.
Sitemap é um "mapa do site", uma lista com todas as páginas de conteúdo, geralmente organizadas segundo algum critério.
Um mapa do site facilita o acesso a todo o conteúdo do site, especialmente quando a pessoa quer algo e não encontra navegando na página inicial.
Não é obrigatório ter um sitemap, mapa do site, mas ajuda bastante - tanto os visitantes como em termos de SEO. O sitemap tem links para todas as páginas, assim aquelas que não têm uma boa divulgação no seu site ou em sites externos, têm pelo menos uma chance de serem indexadas.
Este em uso aqui no Explorando:
http://www2.explorando.com.br/sitemap
É gerado com um arquivo do tema Cutline, e não lista todos os posts, mas um grande número configurável. Há plugins para Wordpress que permitem gerar o sitemap facilmente, como o Dagon Design Sitemap Generator. Se você faz um site manualmente, muito provavelmente deverá criar um mapa do site à mão também.
O dólar balança, os .COM aumentam em várias empresas por aqui
por Marcos Elias
A guerra pelo preço no registro de domínios... Até parece que vale a pena registrar num site do exterior mesmo, o dólar chacoalha lá fora, os revendedores nacionais têm dores de cabeça e encrencas... Tendo que aumentar o preço.
Fiquei surpreso quando a ITM Networks aumentou de R$ 15 para R$ 19,90 o valor dos domínios. Antes eu iria transferir vários para ela (já possuo alguns registrados lá), acabei atrasando e hoje pode-se dizer que mudei de idéia, pois aumentaram para R$ 29,90. Até a E-domínios (onde mantenho vários) aumentou, de R$ 25 para R$ 29,90.
Vamos ver quanto tempo a Locaweb se mantém nos R$ 15 (também fornece DNS incluso, redirecionamento de IP/CNAME/MX/etc; não sei se é para todos ou porque sou cliente da Locaweb IDC, mas o preço de R$ 15 é para todos). O Ig Empresas está oferecendo .com e .net por R$ 8,90, dá até vontade de transferir com eles e registrar por 10 anos... (se o preço de renovação antecipada for o mesmo, não verifiquei isso).
Na GoDaddy já tem um bom tempo que os .COM custam $9,99 + $0,20 (alegam como 'taxa da ICANN' em vez de embutir no preço, espero que isso não se espalhe por aqui). $10,19 daria cerca de R$ 23, R$ 24 (reais)...
Tou vendo que a melhor saída seria registrar por vários anos logo que ver um preço barato, e se lá na frente a empresa atual aumentar muito (acima da média), toca correr para outra, exigindo a transferência.
Enquanto isso os jurássicos .com.br ficam a R$ 30, sem sofrer interferências dos problemas lá de fora. Bem que podiam abaixar para uns R$ 10, moh "roubalheira" do registro.br. Apesar de ter caído o preço nos últimos anos, a quantidade de registros aumentou drasticamente, e aumenta a cada dia, ainda mais depois de liberarem os .com.br para qualquer zé ruela.
Edição: esqueci de citar o UOL Host, onde os .COM custam R$ 9 atualmente.