Phoronix Test Suite, pacote com vários benchmarks para Linux

Publicado em 09/04/2008 • Linux, downloadPostar comentário »

por Marcos Elias

Publicada também no GdH

O pessoal do Phoronix, um grande site sobre Linux, software livre e hardware, lançou publicamente no começo de abril o Phoronix Test Suite. É um pacote de aplicativos para realizar benchmarks no Linux.



Não são meramente scripts ou programas isolados, mas sim uma plataforma com os módulos de testes definidos em arquivos XML. É fornecido também um serviço gratuito, para publicação dos resultados dos testes na web - permitindo uma consulta pública, a nível de curiosidade ou comparação.

O código foi liberado sob a GPLv3. Segundo o site, a suíte é a mesma usada pelos seus testes há quatro anos. Com isso, os usuários podem testar seus sistemas rodando Linux com benchmarks confiáveis, além de ser mais um grande projeto open source.

Pouco depois do lançamento, liberaram a versão 0.2, com mais perfis de benchmarks e algumas melhorias, como possibilidade de upload automático dos resultados dos testes para o diretório público.

Baixe e leia mais no site do projeto:

http://www.phoronix-test-suite.com/

Anúncio do lançamento:

http://www.phoronix.com/scan.php?page=article&item=phoronix_pts&num=1

Referência:

http://www.linuxmagazine.com.br/noticia/pacote_de_benchmark_para_linux

WWW: Flogothic.com, site com imagens góticas e wallpapers

Publicado em 09/04/2008 • papel de paredePostar comentário »

por Marcos Elias

Um site com muitas imagens e papéis de paredes góticos, darks, escuros, enfim, imagens góticas em geral:

www.flogothic.com

Propaganda gratuita na forma de post porque é meu mesmo, hehe. Assim como outras das minhas trocentas páginas, precisa de + atualização, mas já tem bastante coisa.

Para quem curte... Góticos, góticas e simpatizantes do estilo, sejam bem vindos :)

EeA Responde #2: Opera vs. Firefox

Publicado em 08/04/2008 • Mozilla Firefox, Firefox, EeA RespondePostar comentário »

E-mail do Jorge Wagner:

Olá Marcos, tudo bem? Espero que sim!

Minha dúvida é a seguinte:
Uso o Opera a mais ou menos 2 anos. Antes só usava o IE e nunca havia testado nenhum outro navegador. Comecei a usá-lo por indicação de um amigo e desde então não usei mais o famigerado IE e não tive, também, vontade de testar nenhum outro. Acho ele excelente! Mais rápido, seguro, leve e mais funções que o IE. Sei que o Firefox também é um excelente navegador, mas nunca o testei. Noto que você o usa e gosta muito. Então lá vão as perguntas:
1 - O que você acha do Opera?
2 - Por que você prefere o Firefox ao Opera?
3 - Se possível faça uma análise comparativa entre ambos.

Obrigado.
Um abraço e fique com Deus!


Olá Jorge :)

Hum... Digamos que eu segui o mesmo caminho seu, porém usando o Firefox no lugar do Opera: gostei tanto que não quis testar outras coisas.

Uso o Opera também, mas mais o Firefox. Geralmente só recorro ao Opera quando preciso abrir duas ou mais instâncias de um site que exija login com contas diferentes, como um fórum, webmails, etc - uma no Firefox e uma no Opera, mantendo distância do IE.

Respondendo às suas perguntas:

1 - O que eu acho do Opera? Acho um ótimo navegador, especialmente na versão 9 - inclusive rápido para algumas coisas, perto do Firefox. Antes da versão 9, vários sites ficavam um pouco ruins nele, alguns códigos JavaScript não funcionavam legal, e por aí vai. Na 9 eu quase usei ele como navegador padrão, mas me mantive com o Firefox.

2 - Por que prefiro o Firefox ao Opera? Questão de gosto mesmo, por estar mais acostumado. O Firefox 2 se mostra guloso em termos de memória, estou ansioso pelo 3, mas ainda assim uso o Firefox desde a versão 1.0. Eu literalmente odiava o Mozilla e as compilações anteriores ao "Firefox", tanto no Windows como no Linux, devido a falta de compatibilidade com boa parte das páginas.

3 - Uma análise... Para mim fazer uma análise "de verdade" eu precisaria estudar um pouco sobre o Opera, pois sei pouco das suas extensões e possibilidades. Por falar em extensões, uma das coias que mais me atraem no Firefox, e com certeza a muita gente, é a possibilidade de expansão de recursos com as extensões: ele pode fazer coisas não originalmente previstas no desenvolvimento do navegador original. Em addons.mozdev.org podem ser baixados diversos complementos. Outra grande coisa o Opera já tinha há tempos, a navegação em abas (que por anos ficou fora dos planos do IE, e ainda assim no IE7 considero um lixo e lerda demais).
No geral o Opera é visto como mais leve do que o Firefox. No Linux, não sei porque motivo, volta e meia o Opera fecha sozinho comigo - em várias configurações, em várias máquinas, várias versões, em vários sistemas Linux; sempre foi assim. Fico decepcionado, e no Linux evito usá-lo com várias abas abertas, mesmo que ele fique estável por um tempo legal, sei que uma hora vai fechar sozinho comigo e poderei perder dados :p
Gosto do SpeedyDial, mas ao mesmo tempo não uso muito, também prefiro usar uma página personalizada criada por mim mesmo (como exemplifico aqui). O SpeedyDial permite definir sites que você mais acessa para fácil acesso, quando em uma nova aba, pelo Opera.

Se você usa o Opera e está feliz, tudo bem, mas não toparia experimentar o Firefox? Nada contra o Opera, mas quem sabe você também não se apaixone pela rapozinha de fogo :)

Recomendo o Firefox neste texto aqui.

Ah, falando no Opera, vou abri-lo agora para postar esse texto no Blogger, já que no Firefox estou com o orkut aberto, e a conta Google que uso é diferente :)

Abraços!

Livro Redes - Guia Prático - Carlos E. Morimoto

Publicado em 07/04/2008 • Livros2 comentários »

Livro "Redes - guia prático" - de Carlos E. Morimoto

R$ 60 + frete (Nas livrarias custa cerca de R$ 75)



O livro Redes e Servidores Linux - Guia Prático foi nosso primeiro best-seller, vendendo um total de 8.000 exemplares em suas duas edições. O processo de atualização do livro acabou dando origem a dois livros separados.

O Redes - Guia Prático, é o primeiro deles, dedicado ao cabeamento e configuração de redes, redes wireless, acesso móvel, TCP/IP e endereçamento, segurança, firewall, configuração de redes Windows e Linux, configuração de servidores de rede local, entre outros temas, abordados de forma muito mais aprofundada que no livro anterior. Ele faz par com o livro Servidores Linux - Guia Prático, que é dedicado à configuração e otimização de servidores Linux.

Existem muitos livros de redes no mercado, mas quase todos se restringem a um único tema (cabeamento ou TCP/IP, por exemplo) ou estão desatualizados. Muitas vezes, temos a impressão de que, ao contrário de outras áreas da informática, as redes são um assunto mais constante, onde pouca coisa muda. Entretanto, essa impressão não poderia estar mais longe da realidade. A cada dia, novas tecnologias e novos padrões são criados e novas áreas de conhecimento são adicionadas. Os próprios padrões de rede evoluem constantemente para se adaptarem às novas necessidades.

Ao longo do livro, você aprenderá detalhes sobre:

- Padrões Ethernet e cabeamento de rede, incluindo redes gigabit e 10G, novos padrões de cabos de par trançado e fibra óptica.
- Configuração de dispositivos de rede, incluindo switches, modems ADSL, pontos de acesso, roteadores wireless e outros.
- Configuração de redes no Windows e no Linux.
- Configuração de redes wireless, incluindo a criação de links de longa distância.
- Endereçamento IP, incluindo as mudanças introduzidas pelo sistema CIDR e o uso de máscaras de tamanho variável.
- Uso de utilitários de segurança para capturar tráfego da rede, detectar brechas e quebrar os sistemas de encriptação das redes wireless.
- Configuração de firewalls.
- Configuração de servidores Linux domésticos para compartilhar a conexão e compartilhar arquivos.
- Configuração de servidores Windows.

Em suas 560 páginas, o livro reúne tudo o que você precisa saber para montar redes locais e configurar pequenos servidores em um único local, uma leitura obrigatória para quem trabalha na área ou quer conhecer mais sobre o tema.


Autor: Carlos E. Morimoto
Páginas: 560
Formato: 23 x 16 cm
Editora: GDH Press e Sul Editores
ISBN: 978-85-99593-09-7
Lançado em: Abril de 2008

Veja o índice do livro aqui

Baixe aqui de graça a introdução, sem compromisso, em PDF.

A compra pode ser feita diretamente comigo, Marcos Elias, aqui do Explorando. O pagamento poderá ser feito por depósito bancário ou transferência eletrônica, além do PagSeguro. Com o PagSeguro, você pode pagar de diversas formas, com transferência em vários bancos, via boleto bancário ou cartão de crédito. Para pagar via PagSeguro, role a página e clique no botão correspondente ao seu estado.

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Se você tiver alguma dúvida antes de comprar, pode enviar para mim nos e-mails acima. Após enviada a confirmação de depósito e endereço, em até 24 horas (de dias úteis) você receberá um retorno por e-mail, dizendo o status da verificação do depósito, e será avisado novamente quando o produto for postado.

Dica: veja também o livro Hardware, o guia definitivo, do mesmo autor.

Como aprender a ler em inglês - Dicas e orientações

Publicado em 07/04/2008 • off topic24 comentários »

Rubens Queiroz de Almeida publicou no Dicas-L um texto interessante sobre o aprendizado do inglês para leitura. Querendo ou não, é em inglês que há mais informações na web. Não que somos "obrigados" a aprender inglês, há muita coisa boa em português. Mas em quantidade... Já viu.

Dominar o inglês, pelo menos em leitura, abre novas portas para você com a Internet. Você pode ter muito mais informação ao seu alcance: documentação, dicas, artigos, tutoriais...

Com pouco tempo de esforço e força de vontade, aprender a ler em inglês não é difícil. Escrever, ouvir e falar já é outra coisa, o que realmente leva anos de prática para a "perfeição".

Vale a pena conferir o texto, vou reproduzi-lo aqui. É grandinho, mas se está afim de aprender a ler em inglês sem fazer curso, vale a pena. E claro, aprender a ler lhe trará muito mais recursos para aprender a desenvolver as outras funções no aprendizado de um idioma, caso venha a fazer um curso.

por Rubens Queiroz de Almeida

O texto que se segue descreve uma metodologia para o aprendizado do inglês instrumental, ou o inglês para leitura. Este artigo, publicado originalmente em 9 de novembro de 1999, foi a base para o livro As Palavras Mais Comuns da Língua Inglesa, publicado pela Editora Novatec, e para diversos cursos de inglês instrumental.

Aprender a ler em inglês é muito simples. Se você estiver interessado, continue lendo. O texto é longo, mas lhe dará dicas imperdíveis.

Boa Leitura!

A Reconstrução da Torre de Babel

Diz a Bíblia que muitos anos atrás todos os habitantes da Terra se uniram para construir uma torre que chegasse até o céu, para tornar seu nome célebre e impedir que fossem espalhados pelo mundo. Para punir os homens por sua ambição demasiada, Deus confundiu sua linguagem e depois os dispersou pelo mundo.

Ainda hoje os povos da Terra falam uma imensidão de línguas diferentes. Na Internet entretanto, apesar dos muitos povos que autilizam, existe um meio de comunicação comum. Da mesma forma que os computadores se comunicam independentemente de cor e raça, ou melhor, de fabricante e protocolo de comunicação, também os internautas possuem uma linguagem comum: a língua inglesa. Será a Internet uma nova Torre de Babel, construída para reunificar eletronicamente os habitantes deste lindo mundo azul?

É claro que nem todos que utilizam a Internet compreendem a língua inglesa. Porém mais de 80% dos documentos e das comunicações feitas através da Internet encontram-se em inglês. Apenas 0,7 % do oceano de informação que é a Internet está em português. É perfeitamente possível usar a Internet e se divertir muito navegando apenas por sites escritos em português. Fazer isto entretanto é o equivalente a ir à praia, não entrar na água e ficar se molhando com um baldinho de água que alguém encher para você. O que fazer? Aprender inglês é difícil e demora muitos anos. Como então adquirir o domínio desta ferramenta tão essencial à utilização plena da Internet? Realmente, para se ler, falar, escrever e ouvir com fluência a língua inglesa são necessários de seis a oito anos de estudo constante. Para que aprender tanta coisa se o mais importante é apenas ler? É muito mais fácil dominar um dos aspectos de um idioma (leitura) do que todos os quatro simultaneamente (ler, ouvir, falar e escrever). A Internet possui muito conteúdo interativo, onde a capacidade de se falar e escrever bem a língua inglesa certamente é uma grande vantagem, mas o mais importante certamente é saber ler. Ler para utilizar a informação existente na Internet para aprender, resolver problemas pessoais ou profissionais, se divertir, enfim, para uma infinidade de propósitos.

Como aprender a ler? É raro encontrar um curso de inglês onde se ensine o aluno apenas a ler. Só vendem o pacote completo, o que é totalmente insensato. Se precisamos investir vários anos para dominar o idioma em todos os seus aspectos, aprender a ler certamente demora muito menos. Em apenas quatro meses é possível obter uma compreensão razoável do idioma que nos permite começar a compreender textos em inglês.

Mas porque a leitura é mais fácil de se dominar? A própria Internet nos dá a resposta. Em um estudo realizado em 1997, realizamos um trabalho para determinar as palavras mais comuns da língua inglesa e seu percentual de ocorrência. Para este estudo utilizamos os livros online do Projeto Gutemberg. Este projeto, integrado por voluntários, tem por objetivo digitalizar obras de literatura cujos direitos autorais tenham se expirado. Nos Estados Unidos uma obra é colocada no domínio público 60 anos após a morte do autor. Obras de autores como Jane Austen, Conan Doyle, Edgar Rice Burroughs, e muitos outros estão disponíveis gratuitamente na Internet. De posse destes livros, 1600 ao todo na época da pesquisa, fizemos então nossos cálculos. Os 1600 livros combinados geraram um arquivo de 680 MB contendo aproximadamente sete milhões de palavras. Os resultados foram bastante surpreendentes. As 250 palavras mais comuns compõem cerca de 60% de qualquer texto. Em outras palavras, se você conhece as 250 palavras mais comuns, 60% de qualquer texto em inglês é composto de palavras familiares. Para facilitar ainda mais a nossa tarefa os cognatos, que são as palavras parecidas em ambos os idiomas (possible e possível, por exemplo), totalizam entre 20 e 25% do total das palavras. Aí já temos então 80 a 85% do problema de vocabulário resolvido. Se subirmos o número de palavras mais comuns a 1.000, chegamos a 70%. Somando a este valor os cognatos chegamos a valores entre 90 a 95% de um texto.

É claro que 90 ou 95% ainda não chega a 100%. Como fazer com o restante das palavras? Mais uma vez, usamos nossa intuição (lembra-se que nossa intuição está correta em 99,999% das vezes?). Pensemos em nosso texto como um enigma a ser desvendado. Possuímos alguns elementos familiares, as palavras que conhecemos, e outros que nos são desconhecidos. Devemos deduzir, por meio de nossa intuição, de nossos conhecimentos anteriores, o que as palavras desconhecidas podem significar. Não precisamos nos preocupar com todas as palavras, apenas com aquelas que desempenhem um papel importante no texto. Quais são elas? Se uma palavra aparece com relativa frequência em um texto, ela certamente desempenha um papel importante na compreensão do todo. Se uma palavra aparece apenas uma vez, muito provavelmente não precisaremos nos preocupar com ela.

O maior problema é que tal enfoque é encarado de forma suspeita pela maioria das pessoas. Como é possível, ignorar uma palavra desconhecida e continuar lendo como se nada houvesse acontecido? O que estamos propondo não é nada absurdo. Qual foi a última vez em que consultou um dicionário? Toda vez que encontramos uma palavra desconhecida vamos em busca do dicionário? Muito provavelmente não. O que acontece é que, como a nossa familiaridade com o português é grande, na hipótese de depararmo-nos com uma palavra desconhecida, o seu sentido, dado o contexto que a cerca, será facilmente deduzido. Isto tudo praticamente sem mesmo nos darmos conta do ocorrido. A não ser que nos proponhamos a tarefa de parar a cada vez que encontrarmos uma palavra desconhecida, a nossa leitura se dá com frequência sem interrupções. As palavras desconhecidas são intuídas, quase que subconscientemente, e passam a integrar o nosso vocabulário. Considerando-se que o vocabulário de um adulto consiste de aproximadamente 50.000 palavras, é ridículo imaginar que tal conhecimento tenha sido adquirido através de 50.000 visitas ao dicionário. Este vocabulário foi adquirido, em um processo iniciado em nossa infância, de forma contínua e através da observação do nosso ambiente, observando outras pessoas falarem, prestando atenção nas palavras utilizadas em determinadas situações e também através da leitura.

A nossa estratégia para o domínio da língua inglesa para leitura é exatamente aquela utilizada há milhares de anos, com excelentes resultados, pela raça humana. Aprendizado natural, seguindo nossos instintos e pela interação com o ambiente que nos cerca.

Como vimos, o domínio das palavras mais frequentes da língua inglesa, pode nos ajudar a dar um impulso substancial em nosso aprendizado. Nesta listagem as palavras não estão organizadas alfabeticamente, mesmo porque não é nosso objetivo reproduzir aqui um dicionário. Também não incluímos todos os significados possíveis das palavras apresentadas. Todas as palavras são apresentadas em contexto, em exemplos de utilização. Não fornecemos a definição da palavra. Para cada palavra são listados em média três exemplos de utilização, com a respectiva tradução.

É muito importante ressaltar que estas palavras não devem ser memorizadas de forma alguma. O ser humano não funciona de forma semelhante ao computador, onde as informações podem ser armazenadas de qualquer forma, e ainda assim estão disponíveis em milésimos de segundos quando necessitamos. O ser humano, para reter alguma informação, precisa situá-la dentro de um referencial de conhecimentos. A informação nova precisa se integrar à nossa visão do mundo, à nossa experiência prévia. Apenas desta forma podemos esperar que o conhecimento adquirido seja duradouro. A maioria de nós certamente já vivenciou situações em que dados memorizados desapareceram de nossa memória quando não mais necessários. Ao contrário, tudo que aprendemos ativamente, permanece presente em nossa memória de forma vívida por muitos e muitos anos.

Embora esteja sendo fornecida uma lista de palavras, não adote de forma alguma o procedimento padrão de memorização, que é a repetição intensiva dos itens a serem memorizados. É certo que cada um de nós possui estratégias distintas para lidar com o aprendizado, mas eu gostaria de sugerir uma forma de estudo que certamente funciona.

Primeiramente, não tenha pressa. Não memorize, procure entender os exemplos. Para cada palavra apresentada, leia os exemplos e suas respectivas traduções. Não se preocupe em reter na memória o formato exato das frases e nem de sua tradução. O objetivo é apenas compreender o significado da palavra apresentada e apenas isto. Uma vez compreendido este significado o objetivo foi alcançado.

Em segundo lugar, procure ler apenas enquanto estiver interessado. Não adianta nada ler todas as palavras de uma vez e esquecer tudo dez minutos depois. Se nos forçarmos a executar uma atividade monótona por muito tempo, depois de alguns momentos a nossa atenção se dispersa e nada do que lemos é aproveitado. Eu sugiro a leitura de dez palavras diariamente. Caso você ache que 10 palavras diárias é muito, não tem importância, este número é sua decisão. Se quiser ler apenas uma palavra, o efeito é o mesmo. Irá demorar um pouco mais, mas chegar ao final é o que importa. É só não esquecer, você deve LER as palavras e NUNCA tentar memorizar as palavras e os exemplos.

E finalmente, faça revisão. No primeiro dia leia e entenda dez palavras (ou quantas julgar conveniente). No segundo dia leia mais dez palavras e faça a revisão das dez palavras aprendidas no dia anterior. No terceiro dia, aprenda mais dez palavras e revise as vinte palavras aprendidas nos dias anteriores. E assim por diante até o último dia, onde aprenderá as últimas dez palavras e revisará as 240 palavras anteriores. Muito importante, por revisão não quero dizer que se deve fazer a leitura de todas as palavras e exemplos anteriores. As palavras mais frequentes estão grafadas em tipo diferente e em negrito, para que possamos localizá-las facilmente na página. Apenas examine as palavras anteriores em sua revisão. Caso não se recorde de seu significado, então, e apenas então, leia os exemplos. A revisão é extremamente importante. Nós realmente aprendemos quando revisamos conceitos aos quais já fomos expostos. Procedendo desta forma, tenha certeza de que tudo o que aprendeu será absorvido de forma permanente, constituindo a base fundamental de tudo que irá aprender em seus estudos da língua inglesa.

Caso a sua motivação seja realmente alta e você queira reler todos os exemplos já estudados, vá em frente. Como você pode notar, os exemplos empregam um vocabulário bastante rico. A leitura mais frequente dos exemplos fará com que ao final do estudo o seu vocabulário tenha se enriquecido muito além das 750 palavras básicas.

Outro ponto importante é a questão do estudo da gramática. A gramática, ou o estudo da estrutura da língua, deve ser apenas para ajudar o aluno a identificar as construções verbais. Não é necessária, para fins de aprendizado da leitura, a memorização de estruturas gramaticais. Como já afirmado, o nosso aprendizado se dá de forma natural. Da mesma forma que uma criança não tem aulas de gramática para aprender sua língua materna, nós também não devemos nos preocupar com este aspecto em nosso estudo. A leitura dos exemplos das palavras mais comuns irá lançar os fundamentos iniciais do conhecimento da estrutura da língua inglesa.

Resta agora esclarecer um ponto, que é a desculpa favorita de todos nós nos dias de hoje: a falta de tempo. Tempo certamente é fácil de se encontrar para fazer aquilo que nos dá prazer. Para resolver o problema de tempo para este estudo, pense nesta atividade como algo prazeiroso e que lhe trará benefícios enormes, tanto no campo pessoal como profissional. E além do mais, o aprendizado e a revisão das palavras pode ser feito diariamente em não mais de quinze minutos. Se levarmos em conta que os intervalos comerciais em programas de televisão geralmente duram entre quatro a cinco minutos, todo o tempo necessário para este estudo pode ser encaixado nos intervalos de sua novela favorita, certo?

Então, mãos a obra. Depois que você conhecer as 250 palavras mais comuns da língua inglesa você poderá verificar como o aprendizado da leitura da língua inglesa se tornam muito mais fácil. Nesta lista foram incluídas 750 palavras. Faça um esforço e tente conhecer todas elas. A sua tarefa vai ficar ainda mais fácil.

Nos anos de 1996 e 1997 a Diretoria de Recursos Humanos da UNICAMP promoveu um programa de capacitação que incluía um programa de treinamento em inglês instrumental para seus funcionários usando a metodologia descrita nos parágrafos anteriores. Nestes dois anos passaram pelo programa de inglês instrumental aproximadamente 1.000 funcionários. Conseguiu-se atender um número tão grande de pessoas justamente porque o aprendizado da língua inglesa para leitura é consideravelmente mais fácil. Além desta facilidade é possível se ministrar o curso em salas maiores, com até cem alunos, o que é impensável em um curso tradicional. Em cursos normais de inglês cada aluno deve ter atenção especial do professor como pré-requisito indispensável ao aprendizado.

Como produto deste treinamento foram criados vários materiais didáticos, um dos quais é justamente um pequeno livro, já citado, contendo as 750 palavras mais comuns da língua inglesa. O significado de cada palavra é ilustrado com três exemplos em média, onde a palavra é usada em contextos diferentes. Este pequeno manual está disponível para download na Internet. Além deste manual, existem também outros documentos que descrevem em detalhes como foi realizado o cálculo que determinou estas palavras mais comuns (ver referências).

Além do aprendizado das palavras mais comuns, o interessado em aprender o inglês para leitura, deve procurar intensificar o seu contato diário com a língua inglesa. Para isso a Internet pode novamente vir em nosso auxílio. Basta procurar nela pelo que nos interessa. Na Internet existe informação de todos os tipos e para todos os gostos. Basta saber e querer procurar.

No curso de inglês instrumental ministrado na Unicamp, para suplementar o ensino em sala de aula e para manter o aluno em contato diário com a língua inglesa, foi criada uma lista eletrônica chamada EFR (English for Reading). Nesta lista é veiculada diariamente uma história, preferencialmente engraçada (afinal, quem não gosta de uma boa piada?) ou uma citação. As histórias são em inglês e as palavras mais incomuns são comentadas. Desta forma os alunos aprendem todos os dias duas ou mais palavras novas. Todos os dias. Em um ano este pequeno esforço diário pode vir a fazer uma diferença. O curso acabou em 1997 mas a lista continua enviando suas mensagens. Esta lista é hoje aberta a todos os internautas e conta com vários participantes externos além dos participantes do curso ministrado na Unicamp. Todas as mensagens já veiculadas na lista EFR estão arquivadas na Web, no site Aprendendo Inglês.

O objetivo primordial do curso de inglês instrumental era demonstrar que se é possível aprender inglês para leitura facilmente e despertar o gosto pela leitura. Quanto mais se ler em inglês mais se aprende o idioma, o que não é novidade nenhuma. Como vivemos no Brasil, país de língua portuguesa, as nossas necessidades de utilizar outra habilidade que não a leitura em inglês são bastante esporádicas. Mas não precisamos parar por aí. A leitura serve também para desenvolver as outras habilidades necessárias ao domínio da língua inglesa: a fala, a escrita e a compreensão da língua falada. O principal é que em um período de tempo bastante curto já estaremos habilitados a navegar pela Internet inteira e não apenas pela pequena porção representada pela língua portuguesa.

Finalmente, queria lembrar a todos que aprender o inglês é bastante fácil. Basta deixar de lado os preconceitos e traumas que temos com a língua inglesa e realmente acreditarmos em nossa capacidade de aprender. Não leva a nada guardar rancores de tentativas frustradas de aprendizado ocorridas no passado. O domínio da língua inglesa é hoje o nosso passaporte para um mundo de informações que podem nos ser úteis tanto na esfera pessoal quanto profissional. Se você não domina a língua inglesa o momento certo para começar é hoje. Consulte as referências deste artigo, estude com calma a lista das palavras mais comuns e assine a lista EFR. Você vai ver que sem fazer muita força em, pouco você estará se locomovendo com desenvoltura cada vez maior pela Torre de Babel reconstruída que é a Internet. Depois me escreva contando os resultados.

Referências:

- Global Internet Statistics (by Language)
- Projeto Gutenberg
- Palavras mais Comuns da Língua Inglesa. Este documento descreve os procedimentos utilizados para se determinar as 1000 palavras mais comuns da língua inglesa e faz uma apresentação dos resultados obtidos. Neste documento as palavras mais comuns são listadas juntamente com seu percentual de ocorrência.
- As 1000 Palavras Mais Comuns da Língua Inglesa. Este artigo lista as 1000 palavras mais comuns da língua inglesa e seu percentual de ocorrência.


Fonte: (CC)
http://www.dicas-l.com.br/10anos/10anos_20080402.php


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